
Hoje, caro filoteu (amigo de Deus) estamos muito felizes. Também pudera! Estamos celebrando uma obra prima de Deus: sua Mãe. Toda de Deus, Maria foi concebida sem pecado original, em previsão dos méritos de seu Filho Jesus. Ela é o que o anjo Gabriel chamou de "Cheia de graça". Não havia espaço em seu coração para mais nada que não fosse a amizade de Deus.
Toda de Deus, mas também toda nossa. E por que não? Claro, Jesus nos deu Maria por Mãe. O fato de ela ser tão santa, não a separa de nós, mas nos leva a buscar com mais intensidade as coisas do Senhor, a buscar também nós sermos cheios de graça, homens e mulheres todos de Deus. Certamente não chegaremos ao nível dela, mas poderemos sempre mais aumentar o nível. Que tal? Ela se disse "serva do Senhor" (Lc 1). Interessante, parece mesmo que Ela antecipa aquela doutrina de seu Filho quando afirmou: "o maior entre vós é aquele que serve" (Mt 23). Ser todo de Deus para servir, para dar a vida. Não é status, nem privilégio que isola ou elitiza. Trata-se de um consumir-se pela causa do Reino. E quem faz isso, é a Palavra, escutada e assimilada. Maria vivieu isso, bem direitinho. Com imensa generosidade, mesmo sem entender, mas crendo e aderindo. Faça-se! Cumpra-se! ou seja, o que Deus queria, ela queria também.
Santo Anselmo, um bispo que viveu no século XII, dizia que Deus "que pode fazer tudo do nada, não quis refazer sem Maria o que fora profanado". E o que fora profanado? Nossa amizade com Deus, nossa dignidade, nossa beleza de imagem e semelhança de Deus, nossa liberdade, nossa vontade, nossas paixões, enfim o que somos foi profanado pelo pecado. E Deus, em Jesus que nasceu de Maria reparou tudo isso.
Olhar pra Maria é entender que "filho de gato é gatinho", isto é, precisamos viver aquilo que São Bernardo viveu junto da Mãe de Deus quando disse pra ela:
- Maria, mostre que você é minha mãe.
E Maria replicou-lhe:
- Bernardo, mostre que você é meu filho!
Sem comentários.
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!
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